sábado, 23 de setembro de 2017

Cura GAY - O que penso sobre

Amigos e amigas, como este mundo evoluído se mostra retrógrado em muitos aspectos. Quanto mais caminhamos em direção ao horizonte, mas distante do futuro ficamos, estamos vivendo um eterno presente que de presente traz um pensamento criado num imperfeito pretérito.

Não é a toa que dizemos que nossa vida é feita de ciclos… Ao longo de nossa vã filosofia, vimos o mundo passar por vários apocalipses, basta apenas olhar o que dizem os livros de história – e agora, com o advento da tecnologia, uma rápida pesquisa responde a essa e a outras enigmáticas incógnitas da humanidade. 

 
Estamos cansados para pensar, vivemos acomodados para criar. Em tempos idos, a propriedade intelectual não existe mais, entenda: Muitos “pensadores” se tornam donos de frases que não remetem nem ao aforisma criado pelo autor. Dei essa volta para contextualizar minha fala em relação ao debate e dilema que vive nossa sociedade. O homossexualismo é uma variação da sexualidade humana. Ponto final.

Desde que mundo é mundo, a humanidade vive este dilema. Quero deixar bem claro que não estou entrando em julgamentos religiosos ou biológicos, estou discutindo neste momento o aspecto social. Simone de Beauvoir foi muito feliz em sua frase: “Ninguém nasce mulher, torna-se.” E eu, humildemente complemento, nascemos macho e fêmea, uns com pênis, outras com vagina.

O que caracteriza tornar-se homem ou mulher? Essa é uma bela pergunta para nossa reflexão, ao longo dos séculos percebemos que cada sociedade criou e modificou seu paradigma para os cidadãos masculinos, e não foi diferente a concepção e transformação desse olhar para as pessoas de sexo feminino.

 
“Mulher” e “homem” são construções sociais e o sexo é uma forma de se ter prazer. Se não colocarmos ideologias ou pensamentos próprios e pensar friamente, veremos que é isso. Não estou levantando bandeiras nenhuma, pois cada vez que tomei partido de algo, nunca estive inteiro, mas peço que pensem.

A quase uma década, em meu primeiro livro, o “Vivendo e Não Aprendendo” escrevi uma crônica sobre o homossexualismo. Quero deixar registrado que este livro se encontra em segunda edição e o reformulei, sabe porquê? O mundo mudou. Não é que antes eu tenha sido invasivo ou preconceituoso, mas algo precisava ser refeito.

Antes que os críticos venham eu quero deixar claro que estávamos em outro pensamento, eu estava em outro momento. Um exemplo claro disso, o seriado Chaves. A personagem de Rubem Aguiérre era exemplo de cidadão, pois era arrogante com as crianças, fumava em sala de aula e ainda “pegava” mãe de aluno. Normal para o México na década de 1970.

Comigo não foi diferente. Mas algo que sempre prezei foi o respeito mútuo. Se entramos num aspecto religioso, o mestre Jesus nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmo. Pensamento este ignorado e apenas lembrado para lembrar “que os sodomitas não entraram nos reinos dos céus.”

Ao longo dos anos, a “cura gay” já foi tentada em vários países e de várias formas. Não se assuste com essa polêmica.

Talvez para a maioria da população, seja um assunto recente, porém se olharmos para o grande retrovisor universal, teremos a grande impressão de que a humanidade esta caminhando em passos largos para trás. Compartilho com vocês um trecho de Vivendo e Não Aprendendo, que é um livro de humor:



Diferentemente do sexo entre animais, onde as relações são determinadas fundamentalmente pelo instinto reprodutivo, a sexualidade humana manifestou-se através de padrões culturais variados; sendo intercalados por períodos de abertura sexual (todo mundo dava pra todo mundo) e por épocas de recato e privações sexuais (Papai&Mamãe só depois que casar). “



Na verdade este pensamento só mudo com a ascensão do Cristianismo. Quero deixar claro que acredito em Deus pai Criador de todas as coisas e creio fielmente que o Verbo veio encarnado. Sou casado com uma bela mulher e nunca tive experiências homossexuais, pois nunca me senti atraído para isso… Não tenho porque mentir, por ser Cristão, tomo a liberdade de parafrasear o Mestre dos Mestres: Não julgueis para não ser julgado.

Cristo não julgou, foi um “homem” a frente de seu tempo, pois ensinou o perdão e não a vingança. Por que tratar com ódio gratuito o homossexual? O que é uma coisa meio fora de esquadro, pois muitos “machões” aceitam e curtem ver duas mulheres se pegando em filmes eróticos.

Vivemos uma sociedade hipócrita e preconceituosa que aponta primeiro o dedo para não ser apontado, para não ser visto ou lembrando, no meio da multidão. Não estou criticando o trabalho do juiz, o magistrado fez o que compete a ele, julgou os argumentos e sancionou… Nossa justiça é cega.

 
fato é que, biologicamente falando, temos zonas erógenas, se você permitir que uma pessoa de seu mesmo sexo em seu órgão sexual, ele responderá ao estímulo ali recebido, isso é fato.

Sou contra a ideologia de gênero nas escolas. A educação deve ser dada pelos pais ou tutores. O Estado não deve interferir na forma como essa criança é educada, ao atingir a maioridade, ela pode decidir por si própria. Devemos ensinar nossas crianças a pensar, a ter o respeito com seu semelhante, saber discernir entre orientação sexual, religiosa e caráter, integridade e honestidade.

Para finalizar: Cura existe para doença, com quem a pessoa se deita e o que ela faz entre quatro paredes, não me diz respeito. Eu acho feio um casal hetero ficar se agarrando em público, por exemplo, da mesma forma que penso isso ao ver um casal homossexual... Tem hora para tudo, o meu direito começa onde termina o seu e vice-versa.

Respeite e será respeitado. Não podemos colocar goela abaixo nossos ideais. O mundo esta assim porque existe uma infinidade de pessoas que se acham melhor que as outras, quando na verdade, não existe diferença. Somos todos iguais.




Imagens: https://pixabay.com/pt/

sábado, 29 de abril de 2017

GREVE GERAL

Salve, salve minha gente amiga. Prazer falar com vocês. Não vou nem pedir desculpas pelo desaparecimento por estas bandas cibernéticas, mas graças ao Pai,  estou tendo  muitos compromissos ao mesmo tempo, obrigado.

Eu havia feito um promessa para São Wagão,  dizendo que jamais voltaria a me envolver com polêmicas, mas colocar minha opinião em assuntos capciosos, não é gerar polêmica... A menos que minha colocação gere discussões, mas daí já é outra história; sendo assim, tenho certeza de que não estarei  criando polêmicas  - e também não estarei quebrando minha promessa.
Que greve foi aquela ontem? Entendam meu pensamento: O Brasil não quis parar porque nosso país já está parado. Não concordo com as novas leis da CLT e da aposentadoria, porém não crítico aqueles que optaram por ir para seus ofícios a fim de defender sua labuta.

Sou psicopedagogo por formação e tenho orgulho de minha classe e profissão, ao longo da estória, nossa história nos mostrou qual a importância dos movimentos sociais, porém, para um pai de família, uma mãe solteira ou até mesmo um senhor com uma certa idade, correr o risco de ficar sem serviço num país com quase 14 milhões de desempregados e em crise,digas se de passagem, é arriscado e não é para qualquer pessoa.


Aos irmãos que estão amparados pela legislação e ainda tem um certo tipo de estabilidade, ou aqueles que foram eleitos para tem a função sindical, meus parabéns, põem não podemos apontar ou criticar aqueles que por qualquer motivo, não quiseram ou puderam aderir ao movimento.

Quero deixar registrado que não concordo com as últimas do congresso e muito menos com as reformas propostas pelo então presidente Temer, mas acredito que existem outras formas de protesto, e o maior deles é o momento do voto ou a abstenção dele, isso é simples assim. Não adianta depredar patrimônio e gerar ódio gratuito, fazendo com que o povo se revolte contra o próprio proletariado.

Insisto em falar, o Brasil não vai parar porque ele já esta parado. Pessoa está tudo errado. Vivemos um momento de inversão de valores, onde o que era tido como certo e ético passou a ser apontado como errado porque as maiorias das pessoas fazem aquilo que bem entendem sem pensara no bem comum, pelo amor de Deus.

Definitivamente, em minha modesta opinião digo que, paralisar momentaneamente de forma paliativa não surtirá efeito nenhum. Esquerda, direita, centro esquerda, oposição etc e até meia volta volver, no fundo no fundo, todos procuram o poder.


Tenho dito, força e luz a todos! 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Salvemos o Ensino Médio desta reforma liberal

     Aos amigos e amigas, sendo educadores ou não, sendo estudantes ou não, faço a seguinte pergunta: É possível reformar algo que ainda não foi construído? Posso eu ‘arrematar’ algo que ainda não esta consolidada? 
   Ao fazer tais perguntas, fundamento estes - e outros aqui não apontados – questionamentos a cerca da missão educacional de “nostra” pátria “mother” gentil. Perdoe-me o trocadilho, mas o que o governo federal quer fazer com nossa educação me da a impressão de que estamos vivendo num estado americano ou num país europeu.


     O brasileiro, em sua esmagadora maioria, não tem a cultura da busca da informação e do conhecimento, vivemos atualmente a cultura “copia e cola”. Quem é professor sabe bem disso... O advento das novas tecnologias da comunicação e informação facilitou a comunicabilidade entre pessoas e grupos, mas por outro lado prejudicaram o apoderamento da construção de conhecimento... Temos muita informação e pouco conteúdo.
     O contexto político contemporâneo – o carnaval eleitoral, o afastamento do governo petista, a reforma da previdência e os novos números da economia – faz com que, assuntos como o futuro de nossa educação, seja secundário para grande maioria da população que vive o senso comum; pessoas estas também vítimas de um sistema escravocrata que os “adestrou” para terem consciência de que só se precisa pouco saber ler, escrever e operações matemáticas básicas fazer, traduzindo: Você só precisa de um diploma de ensino médio. 

Se sou apenas peça de uma engrenagem, posso facilmente ser substituído, afinal o que não falta no mercado são peças para reposição.

Quando Temer elenca algumas disciplinas e desqualifica outras ele mostra qual o tipo de cidadão o governo quer formar, uma população domesticada que teria medo de ousar e discordar da decisão soberana da união. 

     O povo não precisa libertar seu pensamento, filhos de operários devem ser operários, estamos vivendo o neofeudalismo* numa cultura neoliberal. É claro que isso tem que acontecer, afinal de contas qual o perfil do professor em sua grande maioria? Boa parte são como eu, filhos de pais com pouca ou nenhuma escolaridade que com muito custo vence as barreiras sociais para conseguir ser o primeiro de quatro ou cinco gerações a ter um diploma de nível superior.

     Professores como eu que, ao saber que pelas entrelinhas da história, criou-se uma estória fictícia digna de ser aplaudida pelos críticos de bollywood, vêem e revivem toda humilhação e privação que seus pais e avós viveram, simplesmente por uma posição positivista de tais governos que ocuparam o poder ao longo da história, ficamos indignados, porém esperançosos pois sabemos que a única resistência que temos contra a força, é a consciência construída pelas novas gerações. Talvez seja uma utopia, talvez não.

O fato é bem simples, vivemos um discurso desconexo com a realidade, perdoe-me os mais pedagogicamente corretos, mas precisamos muito do tecnicismo, porém precisamos também desenvolver o senso crítico, a ética, a moral e o cognitivismo.

Sou músico e escritor por opção e pedagogo por profissão... Burocratas engravatados e professores marionetes de cargos comissionados, não podem decidir o futuro educacional de uma geração.  Passe esse manifesto adiante, compartilhe, dê sua opinião, questione, critique, mas não deixe nossa liberdade de expressão morrer por desuso.

Trabalhamos com amor e não apenas por amor. Paz e luz e sempre!

* neofeudalismo – expressão esta criada, talvez num contexto aforista pelo autor, fazendo uma referência à nova forma de se manter a ordem social sem o uso da violência.
  

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Estupro Coletivo no Rio de Janeiro... E eu com isso?

  
Olá amigos e amigas internautas, é com muito prazer que venho "tirar as teias" deste ambiente que, na maioria dos meses, fica jogado as moscas. Bem, o que trás aqui é um trágico assunto - e não me refiro ao estupro coletivo da menor aqui no Rio, aliás, sobre isso também, mas maior que isso é a - imagem da mulher refletida no imaginário e consenso de Senso Comum. 

Iniciei esta postagem com essa provocação para chamar atenção de todos, de homens também  e principalmente das mulheres. Vivemos numa cultura machista e dogmática, onde homens incrédulos ou católicos de IBGE, enxergam na mulher apenas um adorno na relação sexual e onde homens de "muita fé" , justificam a submissão da mulher através da crença do Pai maior.   

Não interessa se um homem te enxerga apenas como depósito de esperma ou se outro justifica na crença uma forma de dominar a parceira, o que estamos levando em conta aqui é como o ser humano considerado "frágil" é entendido. 

Anda rolando nos grupos e nas redes sociais, suposto vídeos com a moça em situações um tanto nada "éticos e morais"... Porém internautas, não devemos julgá-la; sabe por quê? Ela é uma vítima também. É vítima por ser usuária de drogas e é vítima por ser ensinada por todo um contexto de coersão social que para ser aceito é preciso ser igual, ou seja, que uma mulher para ser mulher ela deve ser mais nádegas do que cérebro. 

É por essas e outras que volto a parafrasear o Mestre Jesus: -"Atire a primeira pedra quem não tem pecados." Se Ele não atirou, quem sou eu para atirar? Sei que muitos podem estar lendo e questionando minhas palavras, mas se tem culpado nesta história, saibam internautas que somos todos nós... E quando digo que somos todos nós é por conta de assistimos uma injustiça e nos omitimos de fazer o que nossa consciência nos diz que é a verdade. Meu pai, um homem de pouco estudo, velho teimoso e rabugento, me ensinou desde menino: "O certo é o certo mesmo que ninguém esteja fazendo, e o errado é errado, mesmo que todos estejam fazendo." Obrigado papai por isso.
 
Me corta o coração vê comentários sem sentido... Se a moça é realmente tudo isso que falaram, não interessa, o fato é de ela não é ela nesta luta. Ela representa a figura de milhões de mulheres mundo afora que são violentadas a todo momento, pelo simples fato de ser mulher e ter menos força física que o homem.
 Tenho mãe, esposa, irmã, sobrinhas, cunhadas, colegas e amigas, se ignoramos o acontecido com essa moça, nós colocaremos um julgo muito pesado à todas as mulheres do mundo. Não considero essa moça uma mártir, como a foi/é Maria da Penha; mas respeito essa jovem que sabe Deus o que viveu na vida para estar ali naquelas condições.

É preciso rever nossos conceitos, é preciso reorganizar nossa cultura, é preciso ter mais amor com o próximo. Os atuais ídolos dessa juventude, em sua maioria, são jovens sem consciência política e social, que pregam a ostenção e o individualismo. A mulher nos meios audiovisuais, em 90% dos casos, é um objeto sexual que, mostrando o corpo ajudará a vender mais um produto.

Vou ser bem sincero com vocês amigos internautas, eu, você e todo o mundo, tem muito a ver com esse estupro coletivo, devemos mudar a cara de nosso país. Se todos nós seguirmos o que diz em nossa Constituição Federal não precisaremos mais de direita ou de esquerda, nem de grupos femistas, feministas, machistas, LGBTs ou qualquer outro gênero, pois seu Artigo 5º diz assim: 

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 

 Amigos, não temos porque brigar temos que "lutar" pelos direitos que se ligam ao direito de igualdade.É triste ver a figura dessa moça exposta dessa maneira. Talvez, se ela fosse maior de idade, este caso não teria tomado a mesma proporção, talvez e talvez... Espero, de coração, que um dia isso mude, e que nós possamos viver intensa e abundantemente num país igualitário e com valores morais de respeito ao ser, e não à classe social ou ao gênero.

Paz e Luz sempre!!!!   
   

sábado, 9 de maio de 2015

Mamãe, obrigado por ter me tido.

Amigos, é muito bom estar com vocês, ficar com vocês e não ser a Xuxa - só quem tem mais de 30 anos é que entenderá a piada. Resolvi falar, escrever, refletir e declamar sobre elas: Nossas mães... Se tem uma pauta que nunca haverá convergência em nenhuma reunião será o tema: Minha mãe é melhor do que a sua!



Desde a Idade Antiga há relatos de rituais e festivais em torno de figuras mitológicas maternas e de fenômenos como a fertilidade. Na Idade Média, havia também muitas referências a respeito da figura da Mãe, sobretudo o simbolismo judaico-cristão com as figuras de Eva e Maria. Mas foi apenas no início do século XX que as mães passaram a ter um dia oficial para serem homenageadas. A escolha da data (todo segundo domingo de maio) remete à história da americana Anne Jarvis. Aé ai tudo bem... Mas quem era a já desencarnada Anne Jarvis?

Anne Jarvis perdeu sua mãe, Anne Marie Reeves Jarvis, em maio de 1905, na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, EUA. Como Anne e um grupo de amigas eram ligadas à Igreja Metodista de sua cidade, ambas decidiam organizar um dia especial, uma homenagem a importância da figura materna.

Em 10 de maio de 1908, o grupo de Anne conseguiu celebrar um culto em homenagem às mães na Igreja Metodista Andrews, em Grafton. A repercussão do tema do culto logo chamou atenção de líderes locais e do então governador do estado de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock que, como todo bom político populista, pegou uma carona e outorgou a data de 26 de abril como o dia oficial de comemoração em homenagem às mães.

Logo a repercussão da celebração alastrou-se para outras regiões dos Estados Unidos, sendo adotada também por outros governadores. Por fim, no ano de 1914, o então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, propôs, a partir de consulta com a fundadora do evento, que o dia nacional das mães fosse comemorado em todo segundo domingo de maio. Anna Jarvis, ficou internacionalmente conhecida como patrona do Dia das Mães.

No cado do Brasil, o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez em 12 de maio de 1918, na Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Em outros lugares, houve também outros focos de comemoração de mesmo teor, geralmente associados a instituições religiosas. Mas foi somente em 1932, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o Dia das Mães passou a ser celebrado segundo o molde dos Estados Unidos, isto é, em todo segundo domingo do mês de maio.

Até que enfim nos copiamos alguma coisa boa que valeu a pena... Sei que tem viés mercantilistas por trás disso, sei. Valores morais que alguns filhos substituem por financeiros? Sei também... O que vou aconselhar aos meus criteriosos leitores é o seguinte: Amem suas mães e façam o que puder por elas enquanto estiverem vivas. Nem sempre elas vão acertas, afinal de contas, são humanas, esta associada à nossa natureza o erro - assim também como esta vinculado ao nosso DNA o perdão.

Eu escrevi uma música para minha amada mãe chamada "Presente de Deus". É assim que chamo Dona Marlene; um presente de Deus. Obrigado a todos, façam as pazes com suas mamães, acreditem no perdão divino e sejam felizes enquanto durar - porque, infelizmente; um dia isso acaba.

Bom Domingo e ouçam minha - minha não, dela - música. Até mais!!!







terça-feira, 28 de abril de 2015

Reggae - um pouco de sua história

O reggae surgiu na Jamaica, na década de 60, tendo Bob Marley, cantor e compositor, seu principal ícone. O nome “reggae” foi empregado devido ao som que se faz na guitarra. O "re" seria o movimento pra baixo, e o "gae", o movimento pra cima. Embora por vezes seja usado num sentido mais amplo para se referir à maior parte dos tipos de música jamaicana, o termo reggae indica mais especificamente um tipo particular de música que se originou do desenvolvimento do ska e do rocksteady.

O reggae se caracteriza por cortes rítmicos regulares sobre a música e pela bateria, que é tocada no terceiro tempo de cada compasso, em outras palavras, se trata de um ritmo lento e dançante.O reggae se baseia num estilo rítmico caracterizado pela acentuação no tempo fraco, conhecido como skank. O estilo normalmente é mais lento que o ska e o rocksteady, e seus compassos normalmente são acentuados na segunda e na quarta batida, com a guitarra base servindo ou para enfatizar a terceira batida, ou para segurar o acorde da segunda até que o quarto seja tocado. É principalmente essa "terceira batida", sua velocidade e o uso de linhas de baixo complexas que diferencia o reggae do rocksteady, embora estilos posteriores tenham incorporado estas inovações de maneira independente. 



Esse estilo musical surgiu baseado no movimento Rastafari. O Rastafari é um movimento religioso jamaicano que dá a Haile Selassie I, imperador da Etiópia, com características messiânicas. Toda essa crença, aliada ao uso da maconha e às aspirações políticas e afrocentristas, ganhou adeptos no mundo inteiro devido ao interesse no ritmo do reagge gerado por Bob Marley.
Na década de 1950, começam surgir os grandes nomes do reggae como, por exemplo, Delroy Wilson, Bob Andy, Burning Espear e Johnny Osbourne, e as bandas The Wailers, Ethiopians, Desmond Dekker e Skatalites. Nesta época, grande parte das rádios da Jamaica, de propriedade de brancos, se recusavam a tocar reggae. Somente a partir da década de 1970, o reggae toma corpo com cantores que ganham o mundo da música. Jimmy Cliff e Bob Marley tornam o reggae um estilo musical de sucesso no mundo todo. Em 1971, a música I Can See Clear Now de Johnny Nash, assume o topo na parada musical de várias rádios na Inglaterra e Estados Unidos.

A década de 1970 foi a época dos grandes sucesso do reggae. Várias músicas marcaram época e alcançaram o topo na lista de sucesso das rádios: I Shot the Sheriff (versão de Eric Clapton ), Peter Tosh com Legalize It e No Woman , No Cry de Bob Marley.
A característica principal da temática do reggae é a crítica social, envolvendo questões sobre desigualdade, preconceito, fome e outros problemas sociais. Além disso, existe a valorização das ervas entorpecentes, pois segundo a visão Rastafari, elas poderiam trazer muitos benefícios à sociedade. Porém, atualmente existem muitas outras visões do reggae que não se restringem à cultura Rastafari, envolvendo outros temas como o amor, sexo, etc.

Vários cantores e bandas passam a incorporar o estilo reggae a partir dos anos 80. Eric Clapton, Rolling Stones e Paul Simon fazem músicas, utilizando a batida e a sonoridade dançante e suave. Atualmente, vários cantores e bandas fazem sucesso nesse gênero musical : Ziggy Marley, Beres Hammond, Pulse, UB 40 e Big Mountain.

Reggae no Brasil



Foi na região norte do Brasil que o reggae entrou com mais força. No estado do Maranhão, principalmente na capital São Luís, é comum a organização de festas ao som de reggae. Na década de 1970, músicos como Gilberto Gil e Jorge Ben Jor são influenciados pelo estilo musical jamaicano. Na década de 1980, é a vez do rock se unir ao gênero da Jamaica, nas letras do grupo Paralamas do Sucesso.
Na década de 1990, surgem vários músicos e bandas. Podemos citar como exemplo : Cidade Negra, Alma D'Jem, Tribo de Jah, Nativus e Sine Calmon & Morro Fumegante.


Você sabia?
É comemorado em 11 de maio o Dia Nacional do Reggae. Esta data foi escolhida, pois foi num dia 11 de maio que faleceu Bob Marley, o principal representante da história do Reggae. A lei que instituiu esta data foi sancionada pela presidente do Brasil Dilma Rousseff em 14 de maio de 2012.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Como surgiu o samba?




O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado.


Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, com co-autoria atribuída a Mauro de Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na verdade, "Pelo Telefone" era uma criação coletiva de músicos

que participavam das festas da casa de tia Ciata, mas acabou registrada por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional.10 "Pelo Telefone" foi a primeira composição a alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo país, inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados, conhecidos como sambas-maxixe.

Origens do termo samba

Existem várias versões acerca do nascimento do termo "samba". Uma delas afirma ser originário do termo "Zambra" ou "Zamba", oriundo da língua árabe, tendo nascido mais precisamente quando da invasão dos mouros à Península Ibérica no século VIII.11 Uma outra diz que é originário de um das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo, onde "sam" significa "dar", e "ba" "receber" ou "coisa que cai". Ainda há uma versão que diz que a palavra samba vem de outra palavra africana, semba, que significa umbigada.

No Brasil, acredita-se que o termo "samba" foi uma corruptela de "semba" (umbigada), palavra de origem africana - possivelmente oriunda de Angola12 ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.


Um dos registros mais antigos da palavra samba apareceu na revista pernambucana O Carapuceiro, datada de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama escrevia contra o que chamou de "samba d'almocreve" - ou seja, não se referindo ao futuro gênero musical, mas sim a um tipo de folguedo (dança dramática) popular de negros daquela época. De acordo com Hiram da Costa Araújo, ao longo dos séculos, as festas de danças dos negros escravos na Bahia eram chamadas de "samba".

Em meados do século XIX, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzidas pelos escravos africanos, sempre conduzida por diversos tipos de batuques, mas que assumiam características próprias em cada Estado brasileiro, não só pela diversidade das tribos de escravazos, como pela peculiaridade de cada região em que foram assentados. Algumas destas danças populares conhecidas foram: bate-baú, samba-corrido, samba-de-roda, samba-de-chave e samba-de-barravento, na Bahia; coco, no Ceará; tambor-de-crioula (ou ponga), no

Maranhão; trocada, coco-de-parelha, samba de coco e soco-travado, no Pernambuco; bambelô, no Rio Grande do Norte; partido-alto, miudinho, jongo e caxambu, no Rio de Janeiro; samba-lenço, samba-rural, tiririca, miudinho e jongo em São Paulo.

Carnaval

Ao pensarmos sobre o Carnaval, temos o hábito de considerá-lo como uma típica festa brasileira. A presença dessa festividade em nossa cultura é tão grande que muitos chegam a afirmar que o ano começa depois do Carnaval. No exterior, essa mesma festa se transformou em um dos grandes referenciais da cultura brasileira. No imaginário de muitos estrangeiros “carnaval” está entre as três primeiras palavras quando o assunto é Brasil.

Desfile carnavalesco na década de 30

No entanto, podemos afirmar que o carnaval não é uma festa brasileira. Remontando pesquisas históricas que chegam até a Antiguidade Clássica, temos informações que os festejos de carnaval passaram por muitas transformações e se fez presente em diferentes culturas do mundo. Até chegarmos ao Carnaval dos padrões hoje conhecidos, diferentes tipos de festa ocorreram com o mesmo nome.

O carnaval é originário da Roma Antiga e, incorporado pelas tradições do cristianismo, passou a marcar um período de festividades que aconteciam entre o Dia de Reis e a quarta-feira anterior à Quaresma. Em Roma, a Saturnália seria a festa equivalente ao carnaval. Nela um “carro naval” percorria as ruas da cidade enquanto pessoas vestidas com máscaras realizavam jogos e brincadeiras.

Segundo outra corrente, o termo “carnaval” significa o “adeus à carne” ou “a carne nada vale” e, por isso mesmo, traz em sua significação a celebração dos prazeres terrenos. Em outras pesquisas, alguns especialistas tentam relacionar as festas carnavalescas com os rituais de adoração aos deuses egípcios Ísis e Osíris.

Mesmo contado com a resistência de algumas alas mais conservadoras, o Carnaval passou a contar com um período de celebração regular quando, em 1091, a Igreja oficializou a data da Quaresma. Contando com esse referencial, o carnaval começou a ser usualmente comemorado como uma antítese ao comportamento reservado e à reflexão espiritual que marcam a data católica. Assim, a festa carnavalesca passou a ser compreendida como um período onde as obrigações e diferenças do mundo cotidiano fossem anuladas.

Durante a Idade Moderna, os bailes de máscara, as fantasias e os carros alegóricos foram incorporados à festa. Com o passar do tempo, as características improvisadas e subversivas do Carnaval foram perdendo espaço para eventos com maior organização e espaços reservados à sua prática. Grande parte da inspiração do nosso carnaval contemporâneo foi trazida com a grande influência que a cultura francesa teve no Brasil, principalmente, no século XIX.

Atualmente, o prestígio alcançado pelos desfiles de carnaval, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a disseminação das chamadas micaretas trouxeram novas transformações ao evento. Alguns críticos chegam a afirmar que o sentido popular da festa perdeu lugar. Apesar dessas mudanças, esse quatro dias do calendário são aguardados com muita expectativa. Seja pela expectativa do festejo, ou pelo descanso.

Evolução do Samba

DA RODA AO PAGODE

Por volta dos anos 30, diferentes estilos de samba surgiram no Rio de Janeiro

SAMBA-DE-RODA

Muito parecido com a roda de capoeira, é a raiz do samba brasileiro e está registrado na Unesco como patrimônio da humanidade. Surgiu entre os escravos na Bahia por volta de 1860 e logo desembarcou também no Rio de Janeiro. O samba-de-roda, como a dança, começa devagar e se torna cada vez mais forte e cadenciado - sempre acompanhado por um coro para repetir o refrão. Várias canções do estilo têm versos sobre o mar e as tradições africanas.

SAMBA DE BREQUE

Um dos primeiros estilos nascidos no Rio, foi criado no final dos anos 20 em botecos da cidade. No meio do samba rolavam "paradinhas" onde o cantor falava uma frase ou contava uma história. Um dos mestres foi Moreira da Silva. O ritmo é mais picadinho - ou "sincopado", como dizem os músicos -, mas a marca registrada é mesmo a parada repentina. Daí o nome "samba de breque". Quase sempre conta uma história engraçada, de um tiroteio entre malandros à história de um gago que se apaixonou...

PARTIDO-ALTO

Na década de 1930, o partido-alto se popularizou nos morros cariocas. Entre um refrão e outro, os músicos criavam versos na hora, quase como repentistas. As antigas festas de partido-alto chegavam a durar dias! A partir dos anos 70, Martinho da Vila virou um músico marcante do estilo. A principal característica é a improvisação. O partido-alto se mantém, principalmente, pelo jogo de palavras encaixadas no momento certo. O estilo trata de temas do cotidiano, e sempre com o maior bom humor.

SAMBA-ENREDO

Na década de 1930, quando surgiram os primeiros desfiles de escolas de samba no Carnaval do Rio, nasceu o samba-enredo. No início, os músicos improvisavam dois sambas diferentes: um para a ida e outro para a volta na avenida onde as escolas desfilavam. Com o passar dos anos, o samba-enredo ganhou uma batida mais acelerada que outros sambas - o que ajuda as escolas a desfilarem no tempo previsto. A partir dos anos 80 a coisa mudou, mas, até então, samba-enredo só abordava a história oficial do Brasil.

SAMBA-CANÇÃO

Outra cria dos botecos cariocas, o samba-canção apareceu na virada dos anos 30 para os 40. Logo ficou famoso como "samba de fossa", perfeito para ouvir após um pé na bunda... Cartola e Noel Rosa fizeram grandes músicas do estilo. A batida mais lenta e cadenciada do samba-canção lembra bastante o bolero, outro ritmo musical que fazia sucesso nos anos 40. Em geral, as canções falam de desilusão amorosa - de amores não correspondidos às piores traições!

BOSSA NOVA

Cansados da fossa do samba-canção, alguns compositores

decidiram fazer músicas sobre temas mais leves no final dos anos 50. Nascia a bossa nova. Mestres como Tom Jobim e João Gilberto faziam um samba bem diferente, com grande influência do jazz. Com construções musicais mais "complexas", a bossa nova tem o chamado "violão gago", tocado num ritmo diferente do da voz e dos outros instrumentos. O assunto preferido eram as belezas da vida, da praia às mulheres, é claro!

PAGODE

O pagode que hoje faz sucesso pintou como estilo de samba na década de 1980, no Rio, com cantores como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Nos anos 90, em São Paulo, ficou mais "comercial" - com direito até a coreografia dos músicos - e explodiu nas rádios. O pagode dos anos 80 era muito influenciado pelo partido-alto. Já na década seguinte passou a ter uma pegada mais lenta e romântica. Nos anos 80, o principal era a vida na comunidade; nos 90, as letras românticas.

"AVÔ" DO RECO-RECO

Além de batuques na palma das mãos, os escravos batiam um garfo num prato, obtendo um som semelhante ao do reco-reco - instrumento que dá força ao samba.


CUÍCA

Com o som de uma "voz grunhindo", foi uma das novidades das baterias das escolas. A função da cuíca é mais complementar, dando um tempero extra ao samba.








PANDEIRO

Desde a origem do samba o pandeiro estava presente, mas no samba-canção ele ganhou mais importância, marcando o ritmo da música no lugar do surdo.











COMPLETANDO A BATERIA


Conheça outros instrumentos importantes para um bom batuque


TANTÃ


Mais fino que o surdo, também marca o ritmo. Em geral, é tocado com a palma das mãos, sem que os dedos encostem na membrana.







TAMBORIM

Tocado com uma vareta de bambu, não marca necessariamente o ritmo do samba, mas traz um som agudo para o batuque.












CAVAQUINHO

Tem papel semelhante ao do tamborim: deixa o som mais agudo. Mas faz isso na melodia do samba, e não na batida rítmica.